Punta Cana: Dois Momentos, Dois Hotéis – Grand Palladium Bavaro
Este post é a avaliação de um dos hotéis que já fiquei em Punta Cana. Para entender mais um pouco, leia primeiro a introdução que fiz neste post. Como não são hotéis muito conhecidos e o destino anda ganhando um bom número de brasileiros, julguei ser interessante fazer estes posts complementando o que o Ricardo Freire já publicou no Viaje na Viagem.
A Escolha, Compra e Preço
Após uma busca no Hotels Combined conjugada com buscas no Oyster e leitura de avaliações no Tripadvisor acabei escolhendo um hotel pouco comentado por aqui, o Grand Hotel Palladium Bavaro. Fiz minha reserva na GTA, que agora se chama HDR, (achei a tarifa no Hotels Combined, mas atenção já que caso viaje com crianças você deverá fazer outra cotação no site da agência on-line para verificar o preço com número e tipo de hóspedes ajustado) pagando uma diária de 175 USD em uma Junior Suite para dois adultos e uma criança em regime all inclusive.
Escolhi esse hotel porque gostei das referências do quarto (principalmente da banheira de hidromassagem) e por ter acesso aos restaurantes do complexo sem reserva. As resenhas do Oyster também contribuÃram. Mas posso te garantir que fui de espÃrito aberto e sem saber muito o que me esperava.
O Complexo
Apesar desse nome suntuoso, os taxistas conhecem mesmo esse complexo como Fiesta Bavaro, isso porque ele faz parte de um complexo formado por 4 outros hotéis Palladium que pertencem a rede espanhola Fiesta. Lá fiquei sabendo que estavam abrindo um hotel no Brasil, que o Ricardo Freire já fez uma resenha.
Além do Palladium Bavaro, faz parte do complexo o Palladium Punta Cana, o Palladium Palace Cassino, e o Royal Suites Turquesa by Palladium (exclusivo para adultos e com alguns quartos que tem entrada direta para a piscina exclusiva do hotel). Os três primeiros ficam lado a lado, cada um tem sua frente de praia (de uso permitido por qualquer hóspede do complexo) e os dois primeiros estendem-se longamente em direção contrária da praia. O Royal Suites, o mais exclusivo do complexo, fica em um canto mais reservado e afastado da praia (tem um espaço exclusivo reservado na praia que me pareceu até pior do que o que eu ficava…). O deslocamento dentro do complexo de hotéis pode ser feito por meio de um trenzinho sobre rodas. Quem fica no Royal Suites pode usar pequenos carrinhos elétricos que fazem a ligação entre esse hotel e as demais áreas. Dependendo de onde fica seu quarto e se você não quiser fazer uso do trenzinho, você não conseguirá fugir de umas boas caminhadas até a praia ou até os restaurantes.
O Gran Palladium Bavaro é um hotel formado por pequenos predinhos de dois andares que abrigam cerca de 8 quartos cada. O meu ficava a meio caminho da praia e da recepção do hotel (onde também se localizam alguns restaurantes), bem próximo a uma piscina. Ótima localização por sinal.
Apesar do bonito paisagismo dos jardins, o hotel passava sempre uma sensação de que na mão de um bom decorador podia-se se fazer um pouco mais. Parte das ligações entre os principais prédios se dá por caminhos cobertos, o que protege da chuva e do sol forte.
Wi-Fi gratuito só no lobby do hotel e a velocidade não é nenhuma maravilha.
O complexo possui ainda Cassino e SPA, anfiteatro, além de quadras esportivas e mini club para as crianças. Dei uma leve passada nele, mas achei que a supervisão das crianças não era lá muito intensa. Como não tivemos ninguém no grupo que tivesse usado o mesmo em sua plenitude, não posso fazer maiores comentários.
O Quarto
Eu fiquei em uma Junior suÃte, cujo quarto é amplo com cama king, tv de tubo de 29 polegadas (não há uma variedade muito grande de canais, mas tem canais infantis também), ar condicionado que funciona bem, uma escrivaninha, um frigobar termoelétrico (daqueles que demoram horas para gelar algo, mas não fazem barulho) e um sofá com mesinha de apoio.
O banheiro era o grande diferencial do quarto, com duas pias, áreas isoladas para chuveiro e vaso, além de uma grande jacuzzi. Se você não estava na praia, comendo ou dormindo, estava na Jacuzzi..rsrs. Apesar de tudo, o quarto já sentia o peso dos anos, com um acabamento trincado aqui e acolá e um armário com porta empenada. Possui cofre e uma varandinha, que no meu caso foi de pouco uso.
A arrumadeira demorava bem para chegar ao quarto, às vezes, deixava menos toalhas do que encontrou e o frigobar era renovado todos os dias. Nele eram depositados água mineral, latas de cerveja Presidente (local) e refrigerante em garrafa de vidro, que por sinal eram extremamente doces (foi a Coca Cola mais doce que já tomei até hoje) e optei por solicitar apenas Coca Zero (também doce) e água mineral. Nada de bebidas destiladas no frigobar.
A Praia
A praia à frente do hotel tinha água morna (em junho) em todos os tons de verde possÃveis e alguns próximos do azul, poucas ondas, mas aprofundava-se rapidamente. Cuidado com as crianças, já que não era bem uma lagoa. Mas nada de ondas grandes. Aqui vale um esclarecimento, como voltei posteriormente em Punta Cana, notei que a condição da praia pode varia muito até em poucos dias de estadia (de calminha até um pouco agitada ou de morna a fria) com manda a boa natureza.
A mania difundida na maioria dos resorts de lá de reservar lugar na praia (isso eu vi na baixa estação) é irritante. Lá pelas 8 da manhã, uma boa parte das cadeiras de praia sob as choupanas estavam reservadas por toalhas e sem ninguém sentado…rsrs. Se você acorda tarde, vá à piscina pela manhã e à praia a tarde onde as cadeiras passam a estar disponÃveis de novo. Existia um bom número áreas com sombra na praia. Não sei se na alta estação, elas serão suficientes para todos.
Piscinas
O certo é que sendo hóspede de um dos hotéis, você tem acesso a todos os demais hotéis e suas infraestruturas, exceto a do Royal Suites.
Como cada hotel tem pelo menos uma piscina, então você tem pelo menos 3 piscinas para escolher. Dei sorte porque um dos restaurantes, que serve uma das piscinas do Palladium Punta Cana, estava fechado (mas piscina não) devido a baixa estação. Assim, essa piscina tornava-se um mar de tranquilidade dentro do complexo, apesar da ausência de serviço de bar, o que podia ser conseguido andando um pouco mais à frente até a outra agitada piscina desse hotel.
Comida
Não espere nada demais de nenhum restaurante que serve buffet. Normalmente, uma parte deles abre para café da manhã e almoço e outros abrem também no jantar com menus temáticos. Só tomei café e almocei neles. Muita opção de pratos, uma apresentação pobre e pouco gosto… No terceiro dia, você já enjoou (mas isso acontece em muitos hotéis e cruzeiros). O suco do café da manhã é quase licoroso de tanto açúcar… Pareceu-me ser o gosto local.
Os restaurantes à la carte não precisam de reservas, um diferencial desse complexo. Assim você janta onde e quando te der na telha. Como sempre jantei por volta das 19-19:30h, raramente esperei muito por um lugar. Se estiver cheio, te dão um bip (com alcance limitado) que tocará assim que vagar um lugar. Interessante é que sempre tem mesa vaga no restaurante mesmo que te façam esperar, talvez porque os hotéis devam reduzir a mão de obra empregada na baixa estação.
No complexo, você terá opção de restaurante Japonês (sushi mais ou menos, um teppan show que agradeci e uns pratos a la carte nota 6 – de comida oriental, eu entendo), um espanhol (cujos tapas do buffet estavam melhor que os pratos), um de frutos do mar (o melhor dos que experimentei, com um bom ceviche no buffet de frios e pratos nota 7.5, inclusive as carnes), um asiático totalmente sem inspiração na confecção dos pratos, um brasileiro que serve feixoada e rodicio (esse como em casa mesmo) e um mexicano (que agradeci também, não faz muito minha cabeça). O melhor é que se não gostou do restaurante, você pode se dirigir para outro nem que seja para repetir um prato que gostou no dia anterior ou o buffet de frios!

Refeição de um dos restaurantes a la carte
Eles ainda tem um sport bar 24 horas, próximo ao lobby do hotel e junto à s lojinhas, com máquina de café, self-service de chopp e refrigerante, máquina de sorvete tipo “italiano†(minha opção preferida em todo o resort), máquina de cachorro quente, pizza e um hambúrguer feito na hora…
Serviço
Muito irregular. Você encontra funcionários que são de um cuidado e solicitude sem tamanho e outros parecem que estão cumprindo pena trabalhando naquele lugar. Tinha um que servia refrigerante e cerveja quente à beira da praia achando a coisa mais normal do mundo. Na média, não deixa saudades, mas não compromete.
Só não gostei da proximidade que alguns animadores tinham de alguns hóspedes. Alguns claramente praticavam um jogo de sedução com algumas mulheres aparentemente solteiras hospedadas por lá.
Conclusão
Se voltaria? Hoje, acho que não, já que tem muito hotel para conhecer em Punta Cana, mas foi um custo benefÃcio interessante. Saà satisfeito com a escolha, apesar de saber que poderia ter tido algo ainda melhor pagando um pouco mais. Já paguei mais em hotel de proposta similar no Brasil, com comida em nÃvel semelhante com muito menos opções, com menos opções de atividades e espaços para curtir no hotel e sem aquela jacuzzi…. Mas o atendimento no Brasil era sem dúvida superior.
Se fosse comparar com algo que conheço no Brasil em termos de idade, manutenção e nÃvel de comida, colocaria ele no grupo do Village Pratagy (fui em novembro de 2009 logo após o inÃcio da administração da GJP) em Alagoas, mas vale ressaltar que esse último é muito menor e não possui as opções de restaurantes que o primeiro oferece.
Category: Dicas de Viagem, Fora do tema pero no mucho
È muito bom ler esse tipo de post, pois quando vemos novos trechos sendo implantados por companhias, ficamos imaginando como seria e à s vezes, parece tudo tão distante da nossa realidade e tão paradisÃaco. Nesse tipo de pensamento conheci Cartagena, San Andrés, a Hiper-americanizada Aruba, acapulco e Cancun.Muito interessante, Rodrigo, mas acho que Porto de Galinhas já quebra o galho dependendo(hehehe) e é mais barato chegar, ou então não vou preicisar fazer peregrinação num call center rezando por disponibilidades com milhas para um destino assim e tb é bonita demais. Em algumas dessas viagens, tive q apertar o bolso pra ir, mas se fosse hoje, iria pra Porto mesmo.
Imagino que BARBADOS tb não deva ser nada do outro mundo como alguns dizem.
Abraço!
opa, isso é que é review boa de hotel, Rodrigo, completÃssima! Sei que não é o foco do blog, mas vc mandou tão bem que acho que bem que poderia incluir mais dessas na volta de suas viagens 😉
Rodrigo,
parabéns pela iniciativa e pelo review.
Sabemos que este não é “O” blog para buscar análises de hotéis, mas a sua proposta foi quase uma troca de experiências, o que foi muito interessante.
Encare incursões deste tipo como um “bônus” aos leitores-colaboradores, e não uma mudança de foco do blog. Certamente a grande maioria achará positivo!
Abs,
Sérgio
Sérgio,
Concordo contigo. Encaro como um “bônus†as análises de hotéis.
Abraço
De fato, lendo isso me deu mais vontade de ir para Porto de Galinhas.
Rodrigo, é um post razoado. Gostei de ler.
Concordo com você em muitas coisas que você dizei sobre os grandes hoteis TI. Acho que para descansar do stress são hoteis práticos e eficazes.
Eu tampouco gosto nada dos jogos de sedução que a vezes practicam os homens ou mulheres com os animadores e vice-versa. É agressivo e triste.
Vou anotar suas dicas.
Bjs
desculpa, hotéis e não hoteis…
Concordo com vc Mari, o Rodrigo mandou muito Bem e deve sempre q possivel relatar os off blog de suas viagens!!!!
Rodrigo,
Minha filha tá indo pra Vancouver esta semana e vai parar alguns dias em Punta Cana e Santo Domingo (comprei tudo por milhas). Ela nao vai ficar em nenhum resort, apenas hostels em Santo Domingo. Mas o aviao chega em Punta Cana amanhã (dia 8 de Janeiro) as 17:15 e ela vai alugar um carro pra conhecer a área e ir pra Santo Domingo, onde pegará um voo da AA pros EUA e Canadá. Ela poderá passear pelas praias de Punta Cana e Bavaro sem estar em resorts ? Existe algum hotei baratinho pra ela ficar em Punta Cana ou Bavaro mesmo amanhã à noite ? Ela achou um hostel mas eles querem 50 dollares americanos e achamos caro. Será que ela vai ter que ficar neste hostel caro em Bavaro mesmo ? Ou achas que ela pode passear à noite pelas praias locais e ir de carro amanhã mesmo à noite pra Santo Domingo ? Serão 200 km de viagem…
Desculpa a quantidade de perguntas, mas imagino que possas responder algumas… Ou outra pessoa que já foi para lá…
Muito obrigado desde já,
Marcelo
Rodrigo, muito obrigado pelas dicas e esclarecimentos, pois vou em junho/2011 para esse mesmo hotel, e estava indo meio as cegas como você foi… agora, mesmo com algumas coisas a desejar sei que farei uma boa viajem! Obrigado
Aproveite! O tal do restaurante de frutos do mar é o melhor que testei.
Que noticia boa! Estava com medo da comida ser ruim, mas minha noiva gosta de frutos do mar… eu não tenho muito problema pra comida, mas mulher você sabe como é! Por gentileza Rodrigo você poderia me passar mais algumas dicas de lá?… Por exemplo… vou chegar lá em uma terça- feira por volta das 23:00(hora local), como faço o traslado até o hotel? Taxistas são confiáveis? ou há vans dos próprios hoteis! desde já obrigado pela atenção…
Fernando,
Ao sair vá direto ao balcão de taxi a frente da saida. O pessoal usa camisas polo rosas. O preço é tabelado, assim olhe na tabela. Em breve vou postar um texto sobre o aeroporto de lá.
Existe ônibus que pode se contratar para ir aos hotéis. O negócio é que ele é um pinga pinga deixando o pessoal pelos hotéis no meio do caminho. mais de duas pessoas acaba ficando o preço do táxi.
Alguns táxis são verdadeiras vans.
Rodrigo,
Um site de compra coletiva está oferecendo pacotes de 4 dias e 3 noites nesse hotel por R$ 999,00 para duas pessoas. Você acha que vale o preço? (são 63% de desconto)
A ideia é comemorarmos o aniversário de uma amiga, iremos em três adultas e tentarÃamos colocar uma terceira pessoa no quarto, pagando a diferença.
Também compramos esse pacote via site de compras coletivas… ficaremos nesse Grand Palladium Bávaro…. pelo que vi no post o hotel não é uma fria!!! Estava com medo…. publiquem mais dicas por favor!
Obs… adorei a dica do táxi … obrigada
Olá Rodrigo,
Caro amigo fui ao Gran Palladium, e foi maravilhoso com algumas ressalvas, 1º- Fomos vitimas de um golpe na compra de passeios na piscina do hotel, pagamos e não levamos rsrsrs…. são os famosos “piratas” dos passeios, porém depois de muita briga e com ameaça de envolver a policia local, conseguimos rehaver o valor. Vai uma dica não comprem passeios na piscina do hotel , comprem somente no lobby. 2º Restaurate brasileiro um fracasso total… sem comentários 3º O que você falou, há funcionarios que pagam penitencia ao trabalharem no hotel… Tirando esses pequenos imprevistos foi uma viagem boa, sem maiores problemas… E eu recomendo esse hotel pra quem quiser conhecer e tomar um maravilhoso Coco Loko no lobby do hotel… Abraços!
Pessoal,
Estou planejamento minha viagem para Punta Cana. Porém, vi que junho é uma época com chuvas. É verdade? Quem foi em junho, pode falar um pouco sobre como é? E em que perÃodo foi: inÃcio, meio ou fim de junho.
Obrigada!
Rosa.
Rosa,
Busque essas informações no Viaje na Viagem. http://www.viajenaviagem.com/americas/caribe-a-z/punta-cana-ricardo-freire/
Estou com viagem marcada para esse mesmo resort em janeiro 2013, passando ainda pelo panamá. Eu e minha noiva ficaremos 5 dias no resort. Pelo relato, acho que vale a pena para quem nunca foi, mas é bom sempre averiguar opiniões. Servem chopp lá? A cerveja é sempre quente ou você tomou alguma gelada? Gostaria de observações sobre as praias proximas e os passeios que fazem até a ilha de saona. Abraços@!!